Treinos de vinisan07

Estava tudo calmo no meu bairro, como sempre, as nuvens aglomeraram-se e escureceram-se, não chovia no local, mas está bem frio e úmido. Vinisan acorda cedo, veste um casaco e vai até o parque central do bairro, lá ele senta sob uma árvore e relaxa, espera até que algo surpreende acontecesse, algo para satisfazer seu dia. Ele então encontra uma garota chorando, toda molhada e segurando um braço de um ursinho de pelúcia rasgado. Achei estranho, onde ela se molhou tanto se não passou nem se quer uma garoa por perto, chego perto dela e lhe pergunto o que deveras aconteceu. Ela me responde: "Um monstro me atacou, levou minha cesta e meu ursinho, pulou no rio e fugiu, deixando-me molhada e com um triste olhar no rosto."
Tenho que solucionar este problema, uma garota não se deve deixar ser levada por esse monstro, nem seu eu físico, nem suas personalidades, pulei no lago e nadei, procurando uma luz, onde mesmo a encontrei uma caverna submarina, com um vasto campo sem lhe ver o céu, somente com um brilho forte de um cristal gigante que no centro havia. Uma casa de palha, sobre tijolos de barro, é encontrada sob a caverna, perto de uma grande árvore, olhei atentamente, havia um garoto sozinho com um pão na mão, comendo chorando, olhando para o chão.
- O que aconteceu, jovem rapaz? - Pergunta Vinisan com um olhar de medo.
- Nada não bom moço, só estou triste comigo mesmo. - Fala o garoto.
Sinto que algo está errado, pergunto como chegou aqui, ele diz que não sabe, só sabe que está aqui. Logo a cesta eu vejo, com um urso rasgado sobre ele, noto o garoto com roupas desprezíveis, e me pergunto se é mesmo o que estou pensando.
- Garoto, sabe o que fez? Sabe o que é? - Pergunto eu.
- Descobri um dia desses, sou um monstro horrível. Cheio de escamas e patas, com uma carapaça estranha, olho tudo embaçado, só vejo fumaça de cheiros, cheiros bons e ruins, o que me agrada pego para mim. Mas não tenho noção de mim, do que estou fazendo, só sei que assim estou sobrevivendo. - Fala o Garoto com medo.
- Posso te ajudar? - Pergunta Vini.
- Não sei como, mas tente, qualquer coisa que dê certo ficarei grato. - Fala o Garoto.
Enquanto levo o garoto para fora do rio, o brilho do sol faz ele cair desmaiado na água, logo os olhos dele viram, e o monstro é transformado, procurando por tudo, comida e valores de agrado. Ele me ataca, mas logo esquivo, lhe dou um soco, mas penso que estou atacando um garoto "quase" indefeso.
- Meu deus, o que estou fazendo! Não sei se conseguirei lutar, terei de enfrentar essa dor, mato-o ou deixo viver para matar outras pessoas? - Falo e me pergunto.
Logo retiro de meu bolso, um carretel de linha, lhe amarro em uma árvore, e espero ele se degenerar. O tempo passa, e nada acontece, aquela criatura estranha continua olhando para mim, com aqueles olhos azuis, que medo.
Já se passava do meio dia, e nada acontecia. Solto o monstro, que volta ao rio, vai para sua casa e retorna ao corpo de criança. Será que ele só volta ao seu estado normal dentro daquela caverna?
Tempos depois, três horas da tarde, fico pesquisando sobre aquele monstro.
Seis horas da tarde, desço no rio, procuro o garoto, mas não o encontro. Volto a superfície, e vejo o garoto, pedindo comida na rua. Parece que o monstro não se transformar sem a luz do sol. A única solução que encontrei foi mata-lo, procurei outra coisa, mas não achei. Para não deixar o garoto sofrer, quis matá-lo durante sua transformação, pois não saberá de nada, nem me fará sentir uma afeição.
No outro dia, logo cedo, vejo o monstro surgir, ergo meu braço, e uma flecha mando para o atingir. Um tiro no peito, certeiro até demais, ele segura a flecha, puxa! O que foi isso? Ele não sente dor? Como vou matá-lo? Lanço estrelas ninjas para acertá-lo, e nada. O acerto com outra flechada, e nada dele exitar. Ele me acerta um soco, bem no meio do nariz, caio certo no chão, gemendo de dor e tensão, daquela besta, bicho-papão.
Me levanto tremendo, ergo minha mão, lhe lanço um torpedo para acertar em seu coração, tentando mata-lo o mais possível, acertei novamente, mas nada acontece. O que faço?
Lhe certo um chute, bem no pescoço, ele se levanta e me da um soco, caio junto lhe puxando, depois o lanço para o rio, não o vejo mais, minha vista ficou embaçada, parece que ele me deixou desorientado, após me recompor, o monstro já não estava ali, estava nadando para dentro da caverna, mas lanço uma flecha, lhe acertando no pé, parece que sangue saio, porém um sangue estranho, um sangue azul. Acho que não era sangue, era uma fumaça estranha, trazendo um cheiro bom, um cheiro adorável. Ele continuou nadando até a caverna, saindo de lá, ele se degenerou, a criança voltou a se tornar. Não tive mais escolha, tive que acabar com esse sofrimento, ele ficará bem melhor. Lhe dou uma flechada, em seu coração novamente, mas agora, foi em seu coração de menino.
- Obrigado bom moço. - Fala o Garoto caindo desorientado.
Subo o rio, com um ursinho de pelúcia rasgado, com um sofrimento selado, agora só resta a fé, pois a noção, já se foi.
Agora vou a praça pensando, naquela garota procurando por seu ursinho e sua cesta, por um garoto procurando alegria e saúde, e por um monstro que tentava trazer comida para si mesmo, de qualquer jeito que fosse.

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